Os quadrinhos vêm utilizando a zoomada há décadas, mas foi durante os anos 60 e 70 que a técnica explodiu em popularidade. A zoomada explosiva consiste em aumentar drasticamente o tamanho de um quadro, geralmente em uma página inteira, para enfatizar algum elemento da cena. Isso pode ser usado para transmitir uma emoção forte, destacar um personagem ou uma cena de ação.

Uma das primeiras utilizações notáveis da zoomada explosiva foi na história em quadrinhos do Capitão Marvel, escrita por Stan Lee e ilustrada por Gene Colan. Na história, o vilão Dormammu é apresentado pela primeira vez em uma impressionante página de zoom, em que a câmera se aproxima do personagem cada vez mais, dando a impressão de que ele está se aproximando do leitor.

Além disso, a zoomada explosiva tornou-se um recurso popular para a narrativa de ação. Quando bem utilizado, pode gerar um tremendo impacto visual e aumentar a tensão na narrativa. Um exemplo notável é a utilização da técnica na história em quadrinhos Watchmen, de Alan Moore e Dave Gibbons. Na cena final, a zoomada explosiva em Rorschach criou uma sensação de urgência e iminência que se destacou no clímax da história.

Apesar de ser uma técnica popular, ela deve ser usada com muito cuidado, pois pode ter o efeito oposto, interferindo na leitura e distraindo o leitor. É importante prestar atenção ao tamanho e à distância das cenas que serão ampliadas. Se utilizado excessivamente, pode acabar quebrando a fluidez da narrativa e tirando a atenção do enredo.

No entanto, mesmo com seus possíveis efeitos colaterais, a zoomada explosiva é uma técnica essencial na arte dos quadrinhos. Quando bem realizada, pode criar um ritmo visual emocionante, cativando o leitor e aumentando o impacto da história. É um exemplo de como a expressão artística continuará evoluindo para sempre.